Em destaque

O QUE O DESENHO ME ENSINA

Em quinze tópicos curtos, elaborei alguns ensinamentos que o desenho me trouxe nesses trinta anos de prática desenhística. 1. O desenho é uma forma de lapidar o diamante que brilha onde o carvão sonha. A diferença entre um desenho e outro é o modo com que manchas se relacionam no suporte – manchas que jáContinuar lendo "O QUE O DESENHO ME ENSINA"

Em destaque

CANÇÕES PARA DESARMAR BOMBAS

Algumas considerações sobre a produção poética, por ocasião do lançamento do meu livro de estreia canções para desarmar bombas, pela Editora MONDRU. de que vale mudar em verso          o gesto vivido? se, no início, o verbo era o ser escrever é sacar a carne          da metáfora primordial canções para desarmar bombas (2023) p.Continuar lendo "CANÇÕES PARA DESARMAR BOMBAS"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] AS DIMENSÕES DA IMAGEM (Parte II)

As estruturas semânticas e identitárias que estabilizam nossa experiência de realidade evitam que o Real emerja em toda a sua violência e caos. A tarefa da poética é desarticular a linguagem de seus condicionamentos “antropologofalocêntricos”[1], reintegrando à palavra seu poder criativo, para além de simulacros. Compartilho mais uma parte do conteúdo do Processos Poéticos, destaContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS] AS DIMENSÕES DA IMAGEM (Parte II)"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] AS DIMENSÕES DA IMAGEM

Esse texto aborda um dos conteúdos do curso Processos Poéticos, e é continuação programática do artigo anterior acerca do desver como recriação da experiência.

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 2 | DESVER: O DESENHO COMO EXPERIÊNCIA VISUAL

 Quando penso que vejo, quem olha por mim enquanto estou pensando? Fernando Pessoa Breve nota sobre a crítica Algo que gerou polêmica em nosso Programa foi a afirmação de que a arte não é sobre o artista. No encontro anterior debatemos sobre os binômios: artista X sociedade e artista X produção; para encerrar o assunto,Continuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 2 | DESVER: O DESENHO COMO EXPERIÊNCIA VISUAL"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 1 | “Desinvenção da visão” (Parte II)

Todo artista intui e de algum modo sente na pele que sua atividade criativa não é devidamente aceita; e quando aceita, não é bem compreendida. Nesse caso é ainda pior: a censura é intolerável, mas não há interdição maior do que articular uma língua que ninguém entende, numa linguagem que nada significa aos outros. Realmente,Continuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 1 | “Desinvenção da visão” (Parte II)"

Em destaque

[LIVE] “A formação do artista” | COM MARCOS BECCARI

A formação do artista Nesta Live com Marcos Beccari, falamos acerca de como se deu a constituição do “artista” na Renascença europeia; as condições objetivas e subjetivas de seu aparecimento histórico. Esse conteúdo servirá também como base de nosso primeiro encontro do curso PROCESSOS POÉTICOS, que inicia em 15 de abril. TANER CEYLAN em seuContinuar lendo "[LIVE] “A formação do artista” | COM MARCOS BECCARI"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 1 | “Desinvenção da visão” (Parte I)

Para cumprir a difícil disposição de se assumir artista, compete ao sujeito compreender a singularidade que distingue o gesto artístico – singularidade esta, que em geral se chama poética. E o meio mais eficiente de expressão desta singularidade é o conhecimento das referências, dos traços pendulares, dos campos semânticos e lexicais do trabalho – ouContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 1 | “Desinvenção da visão” (Parte I)"

Em destaque

O constante e o diverso na produção de MARIA TOMASELLI

A imensa, diversificada e, no melhor sentido da palavra, caótica produção de MARIA TOMASELLI reage ao enquadre curatorial contemporâneo que em geral privilegia uma narrativa, um discurso poético-conceitual específico, uma categoria de linguagem: é no caos que essa artista gaúcha se encontra; na variedade, tanto de forma quanto de categorias, seu trabalho produz unidade. MARIAContinuar lendo "O constante e o diverso na produção de MARIA TOMASELLI"

Em destaque

[labPROCESSOS] lab#1: “O tempo das imagens”

A imagem é uma extraordinária “montagem” – não histórica – de tempo” (Didi-Hubermann, 2000, p. 16) O objetivo do labPROCESSOS é a criação de um espaço de debate permanente - para além das edições do curso Processos Poéticos, que ofereça continuidade de estudo aos participantes. O que segue é um resumo do conteúdo do primeiroContinuar lendo "[labPROCESSOS] lab#1: “O tempo das imagens”"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 3”: PRIMEIRA AULA | NARRAÇÃO FIGURADA E IMAGEM NARRATIVA

“Por mais evidente que pareça ser seu “grau de similitude”, uma pintura realista é necessariamente convencional. O manejo das cores, por exemplo, passa pela consciência de que não se trata de cor vista (que é luz, não pigmento), da mesma forma que uma palavra não se assemelha, visual ou foneticamente, ao que ela designa. TodaContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 3”: PRIMEIRA AULA | NARRAÇÃO FIGURADA E IMAGEM NARRATIVA"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: SEGUNDA E TERCEIRA AULAS | ONDE SE RELACIONAM ARTE E PSICANÁLISE?

Vimos como a psicanálise confere uma constituição radicalmente diferente à "realidade" daquela enunciada pela filosofia e pela ciência até então. Se for compreendida por meio de três registros estruturantes - Real, simbólico e imaginário, ela se torna operativa e sua interpretação mais eficiente. Trazemos alguém mais qualificado para reforçar essa caracterização: https://www.youtube.com/watch?v=aokkRvErfvM&t=6s Vamos recuperar umContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: SEGUNDA E TERCEIRA AULAS | ONDE SE RELACIONAM ARTE E PSICANÁLISE?"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: PRIMEIRA AULA | PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO

No primeiro encontro do Módulo 2, cujo conteúdo ora compartilhamos, preferimos abordar diretamente alguns dos conceitos centrais da psicanálise – será mais útil ter noção do que seja essa área do saber, para então mensurar sua contribuição à arte e a natureza de suas implicações mútuas. Durante as quatro horas do encontro discorremos acerca dosContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: PRIMEIRA AULA | PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] TERCEIRA E QUARTA AULAS | DESVER: A EXPERIÊNCIA VISUAL

A minha musa foi a destruição MALLARMÉ ANGE BELL, óleo sobre tela Identificando identificações para desidentificar Falamos sobre como a experiência foi introduzida na história da arte – a experiência de quem testemunhou primeiro os eventos a partir de uma subjetividade moderna – a experiência do primeiro sujeito, nesse sentido: o artista. No Módulo 2,Continuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] TERCEIRA E QUARTA AULAS | DESVER: A EXPERIÊNCIA VISUAL"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] SEGUNDA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM

Iniciamos falando do “autorizar-se” como artista; agora alguns apontamentos acerca da recepção e crítica da produção se faz necessário – a começar por um pressuposto básico: elogios estragam o artista. XOOANG CHOI, "Sheddings", 2014 | mixed midia, vitrine, ferro e iluminação fixture (161 x 76 x 190 cm) Porque são direcionados não a seu trabalho,Continuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] SEGUNDA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA (parte II) | DESINVENÇÃO DA VISÃO

Ao final do último artigo, falamos que somente o desejo do artista é capaz de o manter em atividade. Reforça essa noção o fato de que a arte é um trabalho sem finalidade, o qual não possui utilidade per si em um sistema de circulação de mercadorias. Num contexto de “realismo capitalista[1]”, todas as atividadesContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA (parte II) | DESINVENÇÃO DA VISÃO"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO

O exercício da arte exige um questionamento que inicia na interlocução. Neste artigo (um trecho do primeiro encontro do curso Processos Poéticos que inicia em 13 de Agosto) falaremos sobre os desafios na busca de uma voz autoral. Para onde o olhar do artista se (re)volta? E para quê? ROBERTO BERNARDI, "Family tragedy" | óleoContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO"

Em destaque

[PALESTRA] POÉTICAS DA FIGURAÇÃO CONTEMPORÂNEA | CURITIBA

Conteúdo da palestra apresentada por ocasião da 2ª Mostra do Coletivo FIGURE, na Gibiteca de Curitiba em junho de 2022 CHRISTIANE VLEUGELS (óleo sobre tela) Figurar vem de “forma, aspecto”, e deriva de fingere: “dar forma”, “formar”. As coisas, no entanto já possuem forma, os corpos carregam – são eles, em si mesmos, forma. Qual,Continuar lendo "[PALESTRA] POÉTICAS DA FIGURAÇÃO CONTEMPORÂNEA | CURITIBA"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUINTA AULA | CONSTRUINDO UM PROJETO DE TRABALHO

Ajuda-nos senhor a colher a importância das perguntas que nos desestabilizam, em vez de nos tornarmos, com idade adulta, profissionais da fuga.Cardeal TOLENTINO MENDONÇA Até agora falamos do problema das identificações e como indexam o imaginário, e mesmo alienam o espectador. Em vias de iniciarmos o trabalho prático do Curso, é hora de encarar agoraContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUINTA AULA | CONSTRUINDO UM PROJETO DE TRABALHO"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUARTA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE II)

“Me deram um nome e me alienaram de mim” CLARICE LISPECTOR Desde o primeiro encontro, temos falado sobre a experiência, e concluímos que “ver” é equivalente a sofrer um tipo de experiência visual. A psicanálise oferece um instrumental teórico para compreensão da estrutura ontológica da experiência, com a vantagem adicional de que sua metapsicologia éContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUARTA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE II)"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] TERCEIRA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE I)

Paul Valéry ministra as Lições de poética no Collège de France a partir de elaborações que partiam da crítica ao academicismo vigente na arte, e da exigência da participação ativa do artista (em toda sua subjetividade) na concepção da obra. No último encontro, vimos como o autor vai assim dando contorno ao que mais tardeContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] TERCEIRA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE I)"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] SEGUNDA AULA | “DESVER”: UMA EXPERIÊNCIA VISUAL

E, se tento compreender e saborear esse delicado gosto que o segredo do mundo confia, é a mim mesmo que encontro no fundo do universo. (...) E, então, quando sou mais verdadeiro do que quando sou o mundo? Sou presenteado antes de ter desejado. A eternidade está ali, e eu esperava por ela. Agora, nãoContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] SEGUNDA AULA | “DESVER”: UMA EXPERIÊNCIA VISUAL"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 2)

Expliquei para alguém o sentido que via na militância política, e ouvi: “esse mundo mudou, hoje não se trata mais de fazer pelos outros, representar a voz dos outros... Hoje é ensinar a fazer”. Aceitei a crítica e, com o tempo incluí um adendo: “ensinar a fazer e compartilhar processos”. Aquela observação me ensinou umaContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 2)"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 1)

Toda expressão artística é, antes de tudo, expressão de um erro. Tenho uma ideia ou conceito que me parecem perfeitos; basta lançar mão de um lápis: pronto, o traço já não está à altura da ideia, o desenho não expressa devidamente o conceito. Por mais que tente aprimorá-lo, a dimensão platônica implícita em toda açãoContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 1)"

Em destaque

+50 Mulheres na arte: uma atualização

Este 8 de março de 2022 merece uma atualização na listagem de artistas mulheres que elaboramos tempo atrás. É claro que este é apenas breve resumo de um universo incontável de artistas - mas é uma proposta de síntese do que considero a melhor produção pictórica realizada por mulheres na contemporaneidade. COLLEEN BARRY, "The feetContinuar lendo "+50 Mulheres na arte: uma atualização"

Em destaque

TEXTO DE CURADORIA | “ÁGUA DE VER”, EXPOSIÇÃO DE MARCOS BECCARI

Última semana para visitação da exposição Olhar Submerso, de MARCOS BECCARI, em exibição da Fundação Cultura de Curitiba. No post, segue nosso texto de curadoria... “A fuga de Vênus” – Marcos Beccari, aquarela sobre papel, 38 x 56 cm, 2019 “Representar” água com água gera um curto-circuito no conceito de representação. Aproximar-se da obra doContinuar lendo "TEXTO DE CURADORIA | “ÁGUA DE VER”, EXPOSIÇÃO DE MARCOS BECCARI"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] SEXTA AULA | ÉTICA DAS IMAGENS

Hoje falaremos de poesia. Gostaria que considerassem esta frase do escritor português José Saramago: “Se podes olhar, vê; se podes ver, repara”. A expressão denota um sentido ético intrínseco ao fazer (e ser) poético. O verbo “reparar”, como verbo transitivo, tem origem em reparare = “começar outra vez, preparar novamente”, e todos os seus sinônimos remetem a tal formação latina:Continuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] SEXTA AULA | ÉTICA DAS IMAGENS"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] QUINTA AULA | A PSICANÁLISE E OS SENTIDOS DA IMAGEM

Falamos da experiência visual que arquitetou a própria inscrição do artista como testemunha da História enunciando, assim o lugar do artista. A esta altura, já distinguimos com maior clareza o que são vivências cotidianas (pelas quais passamos a todo momento no viver), e tal experiência visual – que é a “vivência elaborada”. Anteriormente, também defendemosContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] QUINTA AULA | A PSICANÁLISE E OS SENTIDOS DA IMAGEM"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] SEGUNDA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO

O tema deste encontro do Processos Poéticos já está em parte no texto da edição anterior do curso, abordando algumas das relações entre olhar e a visão que sustentam a intervenção do artista (seu processo criativo). Este assunto servirá como introdução ao método de “desver”, que no Programa denominamos sob o título A desinvenção daContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] SEGUNDA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª edição] QUARTA AULA | Poéticas da Figuração Contemporânea

O terceiro encontro do Processos Poéticos foi dedicado à apresentação das propostas de trabalho pelos integrantes dessa edição do curso, que a partir de agora receberão orientação individual durante a execução, até o último encontro (quando os trabalhos serão apresentados coletivamente à turma). Neste quarto encontro estudaremos o cenário contemporâneo da figuração artística.   BENContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 2ª edição] QUARTA AULA | Poéticas da Figuração Contemporânea"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª edição] PRIMEIRA AULA | Desinvenção da visão

Neste primeiro encontro da 2ª edição do [CURSO] Processos Poéticos, voltaremos a tratar da conceituação de “poética”, considerando a natureza do Desenho a fim de refletir sobre o lugar e a natureza da criação artística. MELISSA COOKE em seu atelier O nome POÉTICA nos parece conveniente (...) como nome de tudo o que se relacionaContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS 2ª edição] PRIMEIRA AULA | Desinvenção da visão"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] SÉTIMA AULA | MODERNO/PÓS/MODERNO: NOS LIMITES DA ARTE

Este é o último conteúdo teórico do Curso PROCESSOS POÉTICOS, que encerra dia 28/06 com apresentação dos trabalhos práticos desenvolvidos pelos participantes. Reservas para segunda edição (prevista para Agosto de 2021) através do contato no site! LENNART NILSON, 1965 (primeira fotografia da vida intrauterina de um feto) A década de 1960 relativizou a dimensão humanaContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS] SÉTIMA AULA | MODERNO/PÓS/MODERNO: NOS LIMITES DA ARTE"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] SEXTA AULA | Síntese e representações

O problema com estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que eles sejam incompletos. Eles fazem uma história se tornar a única história.CHIMAMANDA ADICHIE PHIL HALE "Interpreter" 2008 | óleo sobre tela O que se costuma chamar de "representação" em arte não é, senão síntese: produto de escolhas deliberadas. A condição representacional é assim,Continuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS] SEXTA AULA | Síntese e representações"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] QUINTA AULA | O ato poético

Falamos de um Je e de um moi; agora é a vez das noções de Eu ideal e Ideal de Eu. Ambas figuras desenvolvidas por Freud, e fundamentais ao ato poético no tocante ao sujeito que o experiencia e à dimensão conceitual (o quê fazer), são essas posições do sujeito instituídas em função da imagem.Continuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS] QUINTA AULA | O ato poético"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] QUARTA AULA | Poéticas da Figuração Contemporânea

Apresentamos aqui uma hipótese de interpretação da Figuração Contemporânea, buscando afastá-la da vacuidade do conceito genérico de "pintura contemporânea". Acreditamos estar em curso um movimento que, pela densidade, quantidade e abrangência, pode vir a definir um momento histórico sui generis. Para outros desenvolvimentos, clique aqui. ALEX KANEVSKY, "J.W.I. in Her Room", 2015 | óleo sobreContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS] QUARTA AULA | Poéticas da Figuração Contemporânea"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] SEGUNDA AULA | Desinvenção da visão: Desenho como Experiência visual (Parte 02)

PARTE II Continuação do texto "[PROCESSOS POÉTICOS] PRIMEIRA AULA | Desinvenção da visão: POÉTICAS (Parte 01)". Material complementar integrante do conteúdo do curso Processos Poéticos GOLUCHO, óleo sobre teçla Antes de seguir com outro importante viés do pensamento de Paul Valéry – o qual versa justamente sobre a destinação da obra, ou seja, o públicoContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS] SEGUNDA AULA | Desinvenção da visão: Desenho como Experiência visual (Parte 02)"

Em destaque

[PROCESSOS POÉTICOS] PRIMEIRA AULA | Desinvenção da visão: POÉTICAS (Parte 01)

Neste primeiro encontro do [CURSO] Processos Poéticos, trataremos da conceituação da "poética", relacionando as obras de Aristóteles e de Paul Valéry a fim de introduzir a concepção de Desenho como articulador de experiências. HAMID YARAGHHI, "Spring in Spring"2017 | óleo sobre tela (190 x 230 cm) De início, uma diferenciação importante: o significado hoje doContinuar lendo "[PROCESSOS POÉTICOS] PRIMEIRA AULA | Desinvenção da visão: POÉTICAS (Parte 01)"

Em destaque

SINTOMAS DA ERA DA IMAGEM: VOYEURISMO E CEGUEIRA:

Sociedades que atravessam medos endêmicos, invariavelmente apresentam sintomas. Qual será o sintoma do nosso medo, do mal provisório que infesta os ares inaugurais do século XXI, na esteira de uma crise social estrutural? Penso se este não será, talvez o voyeurismo –  uma espécie de “perversão escópica” que nos tornou cegos para outros sentidos, eContinuar lendo "SINTOMAS DA ERA DA IMAGEM: VOYEURISMO E CEGUEIRA:"

Em destaque

O DESENHO E SUAS COORDENADAS (AULA ABERTA)

O tema das Coordenadas do Desenho - conteúdo do primeiro vídeo da série "Desenho e Experiência", foi abordado em uma aula aberta transmitida via streaming, a seguir disponibilizada integralmente. O encontro se divide em uma parte prática, na qual abordamos estritamente materiais expressivos (técnicas secas); e outra teórica, com reflexões daquilo que seria uma "teoriaContinuar lendo "O DESENHO E SUAS COORDENADAS (AULA ABERTA)"

Em destaque

O Desenho e suas coordenadas

A principal coordenada do Desenho se confunde com a estruturação da própria visão. Porém o "contraste" (elemento central da síntese desenhística) é, no entanto, uma convenção. Código da linguagem visual, o contraste estabelece um acordo entre desenhista e observador – um secular acordo no qual o espectador suspende provisoriamente o juízo e acredita estar vendoContinuar lendo "O Desenho e suas coordenadas"

Em destaque

POR QUE A ARTE É INÚTIL (E DEVE PERMANECER ASSIM)?

Convidado a participar da Conferência online "(a)cessar o Real", que ocorrerá em 30 de Outubro- fiz algumas reflexões sobre a eficácia simbólica da arte no contexto atual, e sua relação com o Real. Caetano Veloso chorou duas vezes ao se lembrar da música de Francisco Alves  “Onde o Céu Azul é mais Azul”. Bastou pronunciarContinuar lendo "POR QUE A ARTE É INÚTIL (E DEVE PERMANECER ASSIM)?"

Em destaque

[LIVE] “O DESENHO, DE DENTRO PRA FORA”

Nesta segunda feira (07 de setembro) participo da live "O Desenho, de Dentro pra Fora"  a convite do artista KELVIN KOUBIK (@kelvinkoubik), dentro do Projeto Afluentes. O tema gira em torno da concepção de Desenho como dinâmica que se estrutura de "dentro para fora" - seja em seu aspecto prático/metodológico, seja em sua dimensão deContinuar lendo "[LIVE] “O DESENHO, DE DENTRO PRA FORA”"

Em destaque

NOTAS SOBRE A VIRTUALIDADE: O DESENHO NA PANDEMIA

Todos os objetos da vida material (o mundo das coisas do mundo) circulam numa cadeia cujo fluxo possui uma lógica mensurável, chamada “economia”. Esse fluxo – que são as trocas econômicas, explica inclusive o “modo de pensamento conceitual abstrato” (SOHN-RETHEL, 1987) da vida social, e orbita sob uma única coordenada (ideológica): a função. Até aí,Continuar lendo "NOTAS SOBRE A VIRTUALIDADE: O DESENHO NA PANDEMIA"

Em destaque

É PRECISO ‘DOM’ PRA SER ARTISTA? (OU MELHOR, EXISTE ‘DOM’?)

  Artistas considerados “gênios”, portadores de um dom ou talento especial, muitas vezes manifestam, em seu próprio modo de vida, o oposto daquilo que sustenta a "aura" de gênio. Michelangelo, por exemplo – já em vida chamado “il divino”, dizia continuamente: “– Se soubessem o quanto eu trabalho, não achariam que sou grande coisa!”.... AindaContinuar lendo "É PRECISO ‘DOM’ PRA SER ARTISTA? (OU MELHOR, EXISTE ‘DOM’?)"

Em destaque

Desenho e produção de afetos: como desativar o fascismo

A representação na arte mobiliza a experiência – esta contundente estratégia que estrutura e é, ao mesmo tempo, estruturada pelo ato poético. Quando o artista vê o mundo, seu recurso de processar a experiência em linguagem visual faz nascer a experiência também no expectador; assim, a produção imagética articula vivências. A imagem é, então umaContinuar lendo "Desenho e produção de afetos: como desativar o fascismo"

Em destaque

Desenhos não mediados pela técnica

Os chamados “desenhos feios” – que prefiro chamar de desenhos não mediados pela técnica, têm migrado da esfera pessoal do gosto e parecem hoje disputar estatuto artístico. Neste texto, discuto algumas ideias associadas a esta prática, como “democratização”, “liberdade criativa”, “aquisição de linguagem autônoma” e “inclusão no universo do desenho”. Começo com uma ressalva importante:Continuar lendo "Desenhos não mediados pela técnica"

Em destaque

Desenho como experiência da contemporaneidade | Palestra IFRS/Atelier Livre | PORTO ALEGRE

Ante o acúmulo de imagens que nos atravessa, o olhar pode tanto neutralizar-se para a estesia das formas quanto, em oposição, qualificar a interpretação do mundo imagético. Ou seja, pode tender para a banalização ou para enriquecer-se ante o cenário da contemporaneidade, fortemente mediado pela imagem. O que nos cerca é alheio, até que passeContinuar lendo "Desenho como experiência da contemporaneidade | Palestra IFRS/Atelier Livre | PORTO ALEGRE"

Em destaque

Como desenhar pode ser uma prática subversiva

A cada bloqueio que sofro no Facebook (esta é a quinta vez), minha primeira sensação é de incompreensão. Depois de um mês bloqueado, é impossível não relativizar a importância desta rede social que, vista à distância é bem insignificante mesmo. Porém preciso dela para exercer minha profissão, a qual me leva de tempos em temposContinuar lendo "Como desenhar pode ser uma prática subversiva"