[PROCESSOS POÉTICOS] AS DIMENSÕES DA IMAGEM

Esse texto aborda um dos conteúdos do curso Processos Poéticos, e é continuação programática do artigo anterior acerca do desver como recriação da experiência.

O constante e o diverso na produção de MARIA TOMASELLI

A imensa, diversificada e, no melhor sentido da palavra, caótica produção de MARIA TOMASELLI reage ao enquadre curatorial contemporâneo que em geral privilegia uma narrativa, um discurso poético-conceitual específico, uma categoria de linguagem: é no caos que essa artista gaúcha se encontra; na variedade, tanto de forma quanto de categorias, seu trabalho produz unidade. MARIAContinuarContinuar lendo “O constante e o diverso na produção de MARIA TOMASELLI”

[labPROCESSOS] lab#1: “O tempo das imagens”

A imagem é uma extraordinária “montagem” – não histórica – de tempo” (Didi-Hubermann, 2000, p. 16) O objetivo do labPROCESSOS é a criação de um espaço de debate permanente – para além das edições do curso Processos Poéticos, que ofereça continuidade de estudo aos participantes. O que segue é um resumo do conteúdo do primeiroContinuarContinuar lendo “[labPROCESSOS] lab#1: “O tempo das imagens””

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: SEGUNDA E TERCEIRA AULAS | ONDE SE RELACIONAM ARTE E PSICANÁLISE?

Vimos como a psicanálise confere uma constituição radicalmente diferente à “realidade” daquela enunciada pela filosofia e pela ciência até então. Se for compreendida por meio de três registros estruturantes – Real, simbólico e imaginário, ela se torna operativa e sua interpretação mais eficiente. Trazemos alguém mais qualificado para reforçar essa caracterização: https://www.youtube.com/watch?v=aokkRvErfvM&t=6s Vamos recuperar umContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: SEGUNDA E TERCEIRA AULAS | ONDE SE RELACIONAM ARTE E PSICANÁLISE?”

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: PRIMEIRA AULA | PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO

No primeiro encontro do Módulo 2, cujo conteúdo ora compartilhamos, preferimos abordar diretamente alguns dos conceitos centrais da psicanálise – será mais útil ter noção do que seja essa área do saber, para então mensurar sua contribuição à arte e a natureza de suas implicações mútuas. Durante as quatro horas do encontro discorremos acerca dosContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] “MÓDULO 2”: PRIMEIRA AULA | PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO”

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] TERCEIRA E QUARTA AULAS | DESVER: A EXPERIÊNCIA VISUAL

A minha musa foi a destruição MALLARMÉ ANGE BELL, óleo sobre tela Identificando identificações para desidentificar Falamos sobre como a experiência foi introduzida na história da arte – a experiência de quem testemunhou primeiro os eventos a partir de uma subjetividade moderna – a experiência do primeiro sujeito, nesse sentido: o artista. No Módulo 2,ContinuarContinuar lendo [PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] TERCEIRA E QUARTA AULAS | DESVER: A EXPERIÊNCIA VISUAL

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] SEGUNDA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM

Iniciamos falando do “autorizar-se” como artista; agora alguns apontamentos acerca da recepção e crítica da produção se faz necessário – a começar por um pressuposto básico: elogios estragam o artista. XOOANG CHOI, “Sheddings”, 2014 | mixed midia, vitrine, ferro e iluminação fixture (161 x 76 x 190 cm) Porque são direcionados não a seu trabalho,ContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] SEGUNDA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM”

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA (parte II) | DESINVENÇÃO DA VISÃO

Ao final do último artigo, falamos que somente o desejo do artista é capaz de o manter em atividade. Reforça essa noção o fato de que a arte é um trabalho sem finalidade, o qual não possui utilidade per si em um sistema de circulação de mercadorias. Num contexto de “realismo capitalista[1]”, todas as atividadesContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA (parte II) | DESINVENÇÃO DA VISÃO”

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO

O exercício da arte exige um questionamento que inicia na interlocução. Neste artigo (um trecho do primeiro encontro do curso Processos Poéticos que inicia em 13 de Agosto) falaremos sobre os desafios na busca de uma voz autoral. Para onde o olhar do artista se (re)volta? E para quê? ROBERTO BERNARDI, “Family tragedy” | óleoContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO”

[PALESTRA] POÉTICAS DA FIGURAÇÃO CONTEMPORÂNEA | CURITIBA

Conteúdo da palestra apresentada por ocasião da 2ª Mostra do Coletivo FIGURE, na Gibiteca de Curitiba em junho de 2022 CHRISTIANE VLEUGELS (óleo sobre tela) Figurar vem de “forma, aspecto”, e deriva de fingere: “dar forma”, “formar”. As coisas, no entanto já possuem forma, os corpos carregam – são eles, em si mesmos, forma. Qual,ContinuarContinuar lendo “[PALESTRA] POÉTICAS DA FIGURAÇÃO CONTEMPORÂNEA | CURITIBA”

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUINTA AULA | CONSTRUINDO UM PROJETO DE TRABALHO

Ajuda-nos senhor a colher a importância das perguntas que nos desestabilizam, em vez de nos tornarmos, com idade adulta, profissionais da fuga.Cardeal TOLENTINO MENDONÇA Até agora falamos do problema das identificações e como indexam o imaginário, e mesmo alienam o espectador. Em vias de iniciarmos o trabalho prático do Curso, é hora de encarar agoraContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUINTA AULA | CONSTRUINDO UM PROJETO DE TRABALHO”

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUARTA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE II)

“Me deram um nome e me alienaram de mim” CLARICE LISPECTOR Desde o primeiro encontro, temos falado sobre a experiência, e concluímos que “ver” é equivalente a sofrer um tipo de experiência visual. A psicanálise oferece um instrumental teórico para compreensão da estrutura ontológica da experiência, com a vantagem adicional de que sua metapsicologia éContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] QUARTA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE II)”

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] TERCEIRA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE I)

Paul Valéry ministra as Lições de poética no Collège de France a partir de elaborações que partiam da crítica ao academicismo vigente na arte, e da exigência da participação ativa do artista (em toda sua subjetividade) na concepção da obra. No último encontro, vimos como o autor vai assim dando contorno ao que mais tardeContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] TERCEIRA AULA | AS DIMENSÕES DA IMAGEM (PARTE I)”

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 2)

Expliquei para alguém o sentido que via na militância política, e ouvi: “esse mundo mudou, hoje não se trata mais de fazer pelos outros, representar a voz dos outros… Hoje é ensinar a fazer”. Aceitei a crítica e, com o tempo incluí um adendo: “ensinar a fazer e compartilhar processos”. Aquela observação me ensinou umaContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 2)”

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 1)

Toda expressão artística é, antes de tudo, expressão de um erro. Tenho uma ideia ou conceito que me parecem perfeitos; basta lançar mão de um lápis: pronto, o traço já não está à altura da ideia, o desenho não expressa devidamente o conceito. Por mais que tente aprimorá-lo, a dimensão platônica implícita em toda açãoContinuarContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 1)”