“A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível.”
MICHEL FOUCAULT
O texto a seguir é transcrição da Apresentação que fiz para a segunda edição do livro Sobre-posições (Editora Telaranha), do filósofo e artista Marcos Beccari. Além de teórico da visualidade com vasta produção acadêmica (contando com mais de uma dezena de títulos publicados), Beccari é também aquarelista reconhecido mundialmente – o que garante lugar de destaque a suas elaborações. Neste texto procuro sintetizar a obra, ainda que precariamente. Que ele possa servir de recomendação suficiente para artistas e interessadxs no estudo e na produção de imagens.

Escrevo no verso dos novos capítulosque Beccari me enviou. A diferença no estilo exprime mudanças significativas, desde a primeira edição de Sobre-posições (2019). As cores, momentaneamente substituídas pelo preto-e-branco dos artigos acadêmicos, retornaram à pauta, agora mais intensas e saturadas. Não sei dizer o quanto a filosofia esclareceu o aquarelista; suspeito, contudo, que a retomada da criação artística se traduziu em um novo lugar perante a filosofia. Beccari pode ver claro em si mesmo como quem vê a água através da água:
“Às vezes é melhor deixar de lado as palavras difíceis. Às vezes um rosto flagrado no fim do dia é sonoramente mais denso que todo o abismo filosófico. Um rosto mergulhado onde ninguém o avista.“
No realismo um tanto frio dessas novas páginas, uma possível verdade: a estesia é a única coisa que possuímos. Nosso olhar é informado por imagens; a Forma se impõe e reestrutura o pensar. Uma imagem, obviamente não é a coisa, mas isso não exclui o fato de que as coisas são indissociáveis de imagens e quem vê, também “finge ver”, como cita Beccari. A dimensão performativa da visibilidade não se resume à imagem pintada, mas à metaforização de olhares que “se fazem ver”, pois sempre há um que pinta e outro que vê (ainda que ambos sejam o próprio artista), implicando aí menos passividade do que um jogo ativo entre modos de ver. Sobrepostas, as imagens revelam que sua substância ficcional não mostra nada além de uma suposta verdade – que nos chega exclusivamente por meio da ficção. É exatamente o que a aquarela opera em suas transparências (veladuras): elas não substituem o “vazio” branco do papel; a ele se sobrepõem, revelando o quanto há de invisível no suporte – não apenas no papel, mas no entorno, no que falta da cena, posto não haver nenhuma pureza original no branco. Sobretudo, elas dão a ver que alguém vê.

Viver submerso é sentir tudo de todas as maneiras, observa Beccari num desses estranhos capítulos adicionais, dos quais estive a ponto de sugerir a exclusão. (Por que não usar o termo “estranho”? Espera-se precisamente do artista que traga à tona o que não pode advir, senão pela estranheza. Caberia, inclusive a acepção de Freud, para quem estranho é também o que é próximo demais). Maturada a leitura, descobri neles certo caráter errático que os integra ao restante da obra: como a água do mundo nos afectando por todos os poros, mais que um livro, Beccari propõe uma experiência de imersão – “simultaneidade e confluência”, como a dos corpos sobrenadantes no papel das páginas (de onde emergem como efeito de vivos contrastes). Desde o início o leitor sentirá vivamente, numa sequência de textos cada vez mais intimistas (porque confessionais) onde se identificará cada vez mais. Aliado às imagens, o texto cria um arco emocional a cujo fim chegamos como no clímax de uma aventura em que protagonizássemos, de fato uma espécie de submersão estética.
Sobre Sobre-posições
Beccari começa resumindo questionamentos pós-estruturalistas e abrindo caminho para apresentar sua concepção a salvo de preconceitos deterministas sobre o Realismo. O questionamento operado no último século foi tão profundo, que só ingenuamente continuaríamos a considerar a prática figurativa como representação da realidade. Nada mais equivocado… A pintura é “suporte da visualidade”, não explicita nada: antes, dá a ver o modo como se vê. Beccari ainda a define como “conjunto de discursos no qual a visualidade toma forma”, pensando a pintura como síntese de coordenadas visuais que manejam experiências de realidade.
Como artista, penso mesmo não haver nenhum “ilusionismo” na figuração realista (como tradicionalmente se atribui a ela). Seria como se admitíssemos que os prestidigitadores efetivamente praticam mágica. No fundo sabemos que a mágica é precisamente simular mágica, fazer o truque passar despercebido. A ideia de “ilusionismo”, pressupondo uma comunicação linear, simétrica, pretende que os artistas julgam enganar de fato o observador encenando diante dele um mundo real – quando, na verdade o que fazem é realmente encenar um mundo essencialmente ficcional. Sempre original e inventivo (inclusive no modo como dispõe o pensamento), Beccari irá apresentar uma das melhores elaborações que já li a respeito desses temas tão caros à arte atual.
Tamanha autoconsciência faz de Beccari um dos artistas mais lúcidos dentre o que tenho chamado de “Figuração Contemporânea”. O enunciado agrupa formas inéditas de abordagens da tradição que unem experiências estilísticas das vanguardas a questionamentos da era pós-moderna, configurando um contexto importante da arte contemporânea, infelizmente pouco percebido no Brasil.

Num encontro recente, Beccari me diz: “como se as posições se evaporassem e o autor mergulhasse”.
Não recordo se se referia à pesquisa teórica ou às aquarelas, mas há um mediador comum interessante entre a translucidez do vapor e a transparência da água: ambas impedem equivalentes. Diferente da multiplicidade do que reflete, o cristalino não produz original – cessa em si a possibilidade de “representação”. O espelho devolve uma cópia da imagem; ante a transparência, a imagem é apenas imagem… de coisa nenhuma. Como sempre possuem referentes (deriva de imago, mesma raiz de imitari, copiar), ou seja, sempre figuram algo, as imagens em seu conjunto funcionam como simulacros que, segundo Jean Baudrillard, na contemporaneidade dão lugar ao espetáculo permanente de um mundo imagético que libera as coisas de conteúdo, produzindo signos ocos. É justamente de Baudrillard um argumento fundamental:
“Criar uma imagem consiste em ir retirando do objeto todas as suas dimensões, uma a uma: o peso, o relevo, o perfume, a profundidade, o tempo, a continuidade e, é claro, o sentido”.
Aí é que pensar na chave transparência (sobreposição) ganha mais sentido que pensar em reflexo (representação, simulacro). A produção, tanto das elaborações teóricas, quanto das aquarelas devolve à experiência o seu conteúdo pleno, presencial (em oposição a “virtual”) porque confere contorno aos estilhaços do real. Vale recordar um ponto do texto de curadoria que fiz para sua exposição Olhar submerso (2021): a imagem realista ou hiper-realista tem, na verdade, muito pouco a ver com a fotografia. Linguagens não são redutíveis à outras linguagens – à imagem caberia, por meio de sobreposições, tecer uma “realidade autônoma” que não emula o real de fora; gera uma ficção sustentada a partir de dentro. E, não sendo simulacro, a pintura realista possibilita uma experiência de realidade sempre futura, não pretérita.
O escritor W. Faulkner compara a literatura a um fósforo no escuro – não ilumina quase nada, mas permite ver quanta escuridão existe ao redor. O véu da ficção é a única forma de revelar um mundo onde não há verdades objetivas, mas ficções compartilhadas que dão palpabilidade à “invisibilidade do visível” – exatamente o que evidenciam na transparência os corpos duplamente submersos nas veladuras da aquarela de Beccari.

A vida contemporânea não é exatamente caótica ou instantânea: é fragmentada, particionada. Os produtos de consumo fragmentam a experiência sensível, fazendo tudo gravitar em sua órbita, inclusive a arte. Na forma de “eventos” (particípio passado de evenire, “vir de fora”) o fenômeno artístico revela sua dependência atual a fatores externos. O caráter aleatório aí implícito (sinônimo de acontecimento, acaso, acidente) indica que a legenda vita brevis, ars longa inverteu-se: multipartida em infinitos espaços a serem preenchidos com pacotes (ou porções) de experiência, a vida é longa e tediosa; enquanto acontecimento, a arte tem hora marcada pra acabar.
O tempo se estilhaça em pequenas experiências porque assim podem ser embaladas e vendidas. Nossa existência nesse universo fragmentário é, no limite uma vivência psíquica esquizoide. É justo aí que, na artesania da imagem a mão do artista recompõe a experiência do olhar, oferecendo ao observador uma possibilidade de organizá-lo onde aquele que observa é a medida de todas as coisas”. Cada aquarela é uma graça improvável e excepcional subtraída ao caos do acaso – uma sintaxe possível a (re)organizar as divisas do mundo.

Mesmo encerrando o livro com ensaios de beleza cada vez mais poética (incluindo um poema, propriamente) Marcos Beccari não foge ao questionamento dos motivos ou sentidos do próprio fazer artístico – passando em revista autores diversos que, ora apresentam imagens como “rastros”, ora como “objetos desejantes”, “operadoras e seu próprio objeto”, “espaços de atribuição”, “incorporação de modos de ver” e tantas outras – numa excelente síntese da coletânea de Emmanuel Alloa.[1] Um denominador comum entre esses autores é o debruçar-se não sobre o que significam, mas “o que fazem” as imagens; elas não representam nada, antes possibilitam os significados a partir de sua historicidade, senão de uma temporalidade concreta. Beccari ousa indagar das imagens a partir da visualidade que lhes é própria, de modo a não reduzir o fazer a outras linguagens – encarando a sério sua dialética com o olhar, demonstra como a imagem não traduz o mundo, mas “o faz acontecer ao fazer-se ver”. Sem ceder à instrumentalização discursiva, dá à pergunta que se faz no início do livro acerca das “ponderações constantes sobre tema/conteúdo”, não uma resposta fácil, mas a suspensão dessas questões fundamentais, conferindo um estatuto filosófico (e contemporaneidade) à produção realista, já abandonada pelas academias daqui.
Por fim, se posições vêm de poiein – “colocar, dispor, fazer” – vale um acréscimo importante: este também é o radical de poiesis (criação). Expressando a fusão entre posições subjetivas de interpretação e fazer criativo, o título Sobre-posições enuncia à perfeição a conquista que este livro representa. A menos acadêmica das obras do autor revela, além do mais, um escritor fluente. Ao concluir a leitura, o leitor perceberá que Marcos Beccari não apenas nos entrega um livro; também o livro entrega um autor – que poderemos ler como um livro aberto diante deste que acabamos de fechar.
Gustavot Diaz | Porto Alegre, junho de 2022.
[1] Trata-se do livro “Pensar a imagem”, que vale a leitura. (ALLOA, Emmanuel (org). Pensar a Imagem. Editora Autêntica, Belo Horizonte, 2015.

Sobre-posições: ensaios sobre a insinuação pictórica — 2ª ed. revista e ampliada
Marcos Beccari • 2022 • Telaranha • 288 p • comprar
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