[PROCESSOS POÉTICOS] AS DIMENSÕES DA IMAGEM

Esse texto aborda um dos conteúdos do curso Processos Poéticos, e é continuação programática do artigo anterior acerca do desver como recriação da experiência.

O desenho como experiência

Os experimentos de Brunelleschi dão uma bela ilustração da experiência do sujeito moderno – no qual prevalece um novo tipo de subjetividade emergente na Europa entre os século XIV e XV. A riqueza de seus experimentos simbolizam um sujeito que demandava uma certeza empírica do mundo: a certezza em lugar da opinione. A subjetividade de nosso século, claro, não é mais configurada assim – condições diversas constituíram dialeticamente um ser diverso – no entanto, seu surgimento no horizonte da arte daquele período nos ensina alguma coisa. Considerando que toda obra de arte é um conjunto de coordenadas gerativas de experiência, recorreremos à Psicanálise para uma explicação mais ampla e complexa da estrutura deste fenômeno, a partir do qual compreenderemos a dinâmica experiencial da produção artística.

Comecemos pelos experimentos de Brunelleschi – e aqui peço licença para transmitir um trecho da Live que fiz com o amigo Marcos Beccari, modo mais fácil de abordar o assunto, sintetizado no trecho a seguir:

Essa é a prova mais soberba de que a experiência é criada a partir de uma ilusão – e isso antecipa em séculos, se podemos dizer assim, a experiência enunciada pela Psicanálise, verdadeiro assunto do texto.

O objetivo é conhecer algumas ferramentas conceituais da psicanálise de Jacques Lacan – psicanalista francês (1901/1981), contemporâneo de alguns de nós, e que, junto de Sigmund Freud é a figura mais importante do último século para a Psicanálise, seminal a uma série de estudos latentes hoje, especialmente no Brasil.

Breves conceitos da psicanálise

Em 1933, na revista surrealista “Le Minotaure”, Salvador Dali publica o artigo Interprétation paranoïaque – critique de l’image obsédante : l’Angélus de Millet, onde comenta sobre a “admirável tese do doutor Lacan”. Salvador Dali voltará a escrever sobre Jaques Lacan – na época ainda um jovem psiquiatra, no livro As confissões inconfessáveis de Salvador Dali (Rio de Janeiro: José Olympio, 1976, p. 135), atribuindo a Lacan o mérito da sistematização da “psicose”. O significado desse encontro é imenso e também esclarece a posição do artista na cultura, para a qual ele deve estar como um peixe em relação à agua: ou seja, chafurdado nela.

Antes de uma apresentação mais profunda da psicanálise de Lacan – cuja obra oferece chaves inestimáveis de leitura à arte contemporânea, passaremos por alguns conceitos de Freud, cuja teoria aquele irá atualizar a partir de uma interpretação radical da dinâmica da experiência, do inconsciente e da linguagem – elementos todos também concernentes à prática artística.

A Fantasia: algumas observações iniciais

Não se trata de ficção narrativa, literária, etc. “fantasia” é um conceito criado por Freud (que mais tarde Lacan atualiza em termos de linguagem) profundamente presente em nosso cotidiano. Em boa medida, a fantasia condiciona o artista, uma vez que compõe o desejo que mobiliza a prática poética. Inicialmente, Freud não dissociava os conceitos de fantasia e inconsciente; ambos se confundiam em sua teoria, até perceber uma articulação da fantasia com o “sintoma” (cujo funcionamento tentarei explicar adiante), descrita em Os três ensaios sobre a teoria da sexualidade de 1905, onde aparece também o conceito de pulsão.

Enquanto a sexualidade animal é instintiva; a humana é pulsional. Pulsão é uma força constante nos sujeitos e, portanto não é cíclica como a força instintual da reprodução. A atividade sexual humana difere da dos animais principalmente neste ponto: ela é contínua, não intermitente, sendo que a dos animais regulada pelos períodos de “cio”. Pulsão vem de pellere = “empurrar, impulso”, e sua etimologia é sua a melhor definição pois sumariza seu caráter de coisa movente, que impele continuamente. Dela decorre, pode-se dizer, boa parte de nossa inquietude: a constância da pressão pulsional explica a transitoriedade de nossos momentos de paz. 

A pulsão deriva ainda de uma energia constante chamada libido – força constantemente liberada para sustentação da pulsão, que busca satisfação contínua. Foi justo a partir dessa perpetuidade que Freud se dá conta de sua relação com a fantasia. A pulsão produz a fantasia na medida em que pede um apaziguamento irredutível (pulsões nunca abrem mão de satisfação). Justamente porque a pulsão nunca renuncia à satisfação, é que o psiquismo recorre à fantasia: em paralelo à exigência constante da pulsão– a realidade objetiva (leis, moral, da ética, costumes, interditos, etc. que Freud denomina “princípio de realidade”) impõe barreiras, condicionando a busca irrefreável de satisfação. Isso não impede, de forma alguma, que as pulsões exijam seu ressarcimento – a isso ele chamou de “princípio de prazer”.

LUIZ ESCAÑUELA, óleo sobre tela

Quando o princípio de prazer (“eu quero isso”) se choca contra o princípio de realidade (“não se pode ter isso”) – o resultado do entrechoque faz com que o princípio de realidade transforme o princípio de prazer em uma instância psíquica subjetiva: tal é a dimensão que organiza a experiência de realidade. É aí que “a” realidade passa a ser apenas “uma” realidade – uma realidade  fantasística, relativa a cada sujeito. A organização do “aparelho psíquico” é, pois regulada por um princípio de satisfação que aumenta os estímulos e a exigência, e um princípio oposto de constância dedicado a livrar-se dos estímulos que chegam à mente, ou diminuí-los ao grau mais baixo possível (evitando, no entanto, que chegue a zero). Em outros termos, a pulsão se configura como uma exigência permanente de trabalho imposta ao sujeito.

Aqui já se delineia o contorno do conceito psicanalítico de experiência: toda a articulação “simbólico-imaginária” com a qual nos relacionamos com o Real é organizada deste modo: o princípio de realidade entra em choque com o princípio de prazer (necessidade de satisfação das pulsões) fazendo com que o princípio de prazer se torne uma instância psíquica subjetiva – uma “outra” realidade vivenciada interiormente: uma realidade fantasmática. Tal realidade fantasmática constitui nossa experiência de realidade.

Freud vai descrever a psique como uma “máquina”, uma espécie máquina de pressão – que é a imagem que ele usa como comparativo. Essa máquina do aparelho psíquico teria a função de diminuir a pressão das demandas por satisfação. Como a exigência atua o tempo todo, a máquina da psique se encarrega de equilibrar as tensões oriundas desse imperativo das pulsões. E ela, justamente diminui a pressão produzindo fantasias… Quanto maior é a pressão, ou seja, quanto maior a exigência pulsional, maior é o sofrimento do sujeito. Quando alguém está estressado, se percebe na própria gestualidade a irritação: pressão acumulada do conflito entre as exigências pulsionais e o princípio de realidade. Uma das funções da psique seria a de diminuir a pressão resultante deste conflito.

Todavia, esse “aparelho psíquico” tem um dispositivo estranho: ele diminui, porém nunca deixa a pressão chegar a zero. Quando sua diminuição tende ao equilíbrio, o aparelho psíquico inverte o sentido de seu funcionamento e começa a estimular novamente a pressão. Isso se dá para que a satisfação nunca aconteça por completo, para que a pulsão não seja nunca inteiramente realizada. Se a pulsão for totalmente satisfeita, o sujeito chegaria ao estado de “morte subjetiva”: quando não há mais nenhuma excitação pulsional; esse é o estado conhecido da depressão mórbida (exemplo maior disso são os últimos anos do músico Michael Jackson). A psique, então regula as pressões sobre o sujeito, aumentando ou diminuindo conforme o caso, não para satisfazer a pulsão, mas pelo contrário – para nos manter permanentemente insatisfeitos.  

A fantasia é uma realidade psíquica – e há aí um certo oxímoro (se é realidade, é objetiva; se é psíquica, é subjetiva). A fantasia tem, efetivamente uma estrutura dúbia. Adiantando uma grande síntese de Lacan: “a verdade tem estrutura de ficção” – o fato de que a fantasia é uma realidade psíquica, confere a ela estatuto e estrutura de “verdade”. A estrutura de verdade e fantasia são iguais: ambas são edições ficcionais produtoras de experiências igualmente contundentes – e aqui estamos em cheio no território da arte. Por que nos emocionamos com livros ou filmes? É muito mais fácil chorar com a adaptação cinematográfica de um evento ou com a notícia do evento, do que com o próprio evento – constituído, afinal de indefinição, incoerência, ansiedade dos efeitos não aparecerem de imediato, dificuldade de se medir suas causas ou até de enxergá-las: numa palavra, os eventos são experiências sem contorno que lhes dê sentido.

Um ponto da maior relevância ao artista: arte é síntese; isso deve ser entendido plenamente.

A arte é sinônimo de ficção, edição, narrativa, composição, roteiro; dado que “poesia” vem de poein (que é “por”, “colocar”), arte, em essência nomeia os modos de disposição dos elementos da linguagem formal – isso em todas as categorias plásticas expressivas, na música e também na literatura, dramaturgia, etc. 

Bom, depois de Freud, Lacan irá retirar o estatuto da “realidade” tal qual a conhecemos, afirmando que o suposto meio que nos circunda se trata de uma “experiência de realidade”. Qualquer ideia de uma realidade comum para além das experiências individuais subjetivas de realidade é sempre e apenas “hipotética”. As experiências de realidade que sofremos, mais ou menos precárias, são produto dos estímulos sensoriais que nos chegam a partir de instâncias psíquicas (articulações simbólico-imaginárias). O fato que determina a origem da criação desta “realidade psíquica” – a que o Freud chamou outra cena” – é justamente a condição de nunca abrirmos mão da satisfação. Num artigo de 1908, Freud afirma:

Ao crescer, as pessoas param de brincar e parecem renunciar ao prazer que obtinham do brincar. Contudo, quem compreende a mente humana sabe que nada é tão difícil para o homem quanto abdicar de um prazer que já experimentou. Na realidade, nunca renunciamos a nada; apenas trocamos uma coisa por outra. (…) Da mesma forma, a criança em crescimento, quando para de brincar, só abdica do elo com os objetos reais; em vez de brincar, ela agora fantasia.

S. FREUD, Sobre as teorias sexuais infantis (1908)

A pulsão quer satisfação; quando encontra barreiras aqui fora (no “princípio de realidade”), ela se dirige a outra região, no caso interna – ou seja, “inconsciente”…  Nesse lugar “ilimitado” do aparelho psíquico se cria uma “cena” – uma realidade outra, que possui a mesma estrutura da realidade lá fora, e tem aí a razão de se mostrar tão convincente (lembrando da síntese lacaniana: “a verdade tem estrutura de ficção”). Tal realidade enfim, é a fantasia, onde a busca por satisfação prossegue sem os limites e sem os contingenciamentos do exterior.

Nisso constitui a fantasia: uma realização imaginária das pulsões.

Aqui um fato importantíssimo: o desejo humano não possui objeto a priori. Quando a pulsão exige satisfação, trata-se de um impulso orgânico, natural – a que só posteriormente aprendemos a dar destino e fixar em algum objeto. Desejar se aprende; a pulsão, contudo, é inerente ao ser – por isso, vem sem objeto algum. Em resumo: o que a pulsão obriga, mas não diz a que; o que exige de nós não possui nome.

DLLCOP, “Hustle Culture In The North” | fotografia

É esse, precisamente o ponto em que a fantasia intervém para se colocar como substituto desse “objeto faltante” – esse objeto imaginário da pulsão. A fantasia como que encena satisfação total das pulsões se mascarando como objeto último da pulsão. Quando o suposto objeto é enfim alcançado, a pressão na “máquina psíquica” cai; para que não chegue a zero, paralisando a demanda pulsional, a psique faz subir de novo a pressão – ainda segundo a metáfora hidráulica freudiana.

Lacan entendeu como isso se dá em termos de linguagem: é através de cadeias significantes que o inconsciente opera, redistribuindo esses objetos fantasísticos a fim de retroalimentar a pulsão, mais ou menos da seguinte forma – a fantasia apresenta um objeto prometendo ser o verdadeiro objeto do desejo; assim cria a sensação que, uma vez adquirido, seremos plenamente felizes, suturando uma falta dolorosa. E assim, nossa vida vai sendo coordenada por demandas imaginárias: estudar, formar-se, se empregar, prestar concursos, etc. Quando este objetivo é alcançado, a pressão volta a desabar e, a fim de que não cesse a disposição do sujeito, a máquina psíquica tem de fazer novamente subir de novo a pressão: a fantasia vai assim se metamorfoseando, na medida em que desliza nas cadeias significantes: de trabalho, se desloca para “casamento”, desta para “lar”, daí para “filhos”, etc.

Permanentemente somos lançados atrás de um desejo que nunca encontra seu verdadeiro objeto (porque este não há) – entretanto, desta maneira não deixamos nunca de desejar e e procurar na vida objetivos que nos estimulem a viver.  

Quando a fantasia, porventura cresce e hipertrofia, quando a busca de satisfação se faz por demais intensa, ela como que transborda os limites psíquicos, e se dirige ao corpo. É aí que deixa de ser apenas “psíquica” e se somatiza, exprimindo-se como necessidade de satisfação corporal: logo, a pulsão se comunica através de sintomas físicos. Na neurose, o sintoma é a realização de uma satisfação outrora negada – não tendo sido suficiente sua transferência para a fantasia, atingiu o corpo. (O “psicótico”, em linhas gerais, seria aquele sujeito que não consegue criar essa defesa e se choca sem mediação com a realidade – choque contra o qual se defenderá construindo um delírios ou alucinações, conforme a estrutura de cada caso).

Uma breve resumo

De um ponto de vista psicanalítico, não existe loucura. O que marca a diferença entre os sujeitos é a sua posição relativa à linguagem, ou seja, que lugar ocupam na linguagem convencionada em relação uns aos outros (linguagem aqui trata-se do campo simbólico: as leis, códigos, línguas, mapas, política, constituições, cultura, instituições, arte, etc). Cada sujeito, pois, nasce e vem a assumir, nas dialéticas circunstanciais da vida, um lugar (subjetivo) em relação à linguagem.

NICOLA SAMORI

A maior parte de nós se coloca num lugar muito próximo entre si em relação à ela – na turma do Processos, por exemplo, nos entendemos na maioria das vezes, compartilhamos referências próximas, no identificamos com valores parecidos, etc. e conseguimos dialogar. Este lugar da maioria é o que a Psicanálise chama de “neurose”. O neurótico não é um doente – é o contrário : pertence à categoria nosológica mais próxima da suposta “sanidade”. Neuróticos têm uma forma muito semelhante de lidar com a angústia e com o desejo – forma essa compartilhada pela maioria das pessoas (o que torna esse o marco referencial do que a sociedade dessas pessoas chama de “normalidade”).

Ora, a forma com que os neuróticos conseguem interagir, ou melhor, se defender do Real de seu desejo é criando fantasias. Em outros termos: recalcando o desejo pulsional. Destarte, mesmo as pulsões que deseja, mas recua ante a inibição social, mesmo essas ele realiza, ainda que apenas fantasisticamente.  

Como eu disse, a fantasia, assim como a verdade, tem estrutura de ficção: à psique humana, fantasiar na prática ou fantasiar na mente é a mesma coisa! E em inúmeras circunstâncias, a realização virtual que a fantasiar assegura é mais eficaz. É mais fácil entender esses conceitos todos quando aplicados à enunciação da relação sexual, que funciona fundamentalmente na imaginação – na dimensão fantasmática criada em torno do sexo. As circunstâncias, os corpos materiais, as posições, etc. não fazem a menor diferença, se você não liga o modo “fantasia”. O que está realmente em jogo no sexo não é a relação sexual tal como materialmente ocorre, mas as projeções de como cada um goza, como cada um dos envolvidos fantasia como quer que ela seja e como quer ser desejado.

Esta brilhante cena de Black Mirror (escrita por Jesse Armstrong) dá conta de ilustrar o que acabamos de dizer. Na cena íntima do casal protagonista do episódio, as posições dos corpos aparecem dissociadas daquelas em que cada um se imagina no próprio momento do ato. A câmera mostra a dimensão real onde assumem uma posição, e mostra concomitantemente a imaginação dos personagens, revelando que cada um se imagina em outra posição, em outra situação (poderia ser até com outra pessoa, e funcionaria muito bem). Assim, se evidencia uma alienação fundamental do ato sexual: ele tem muito pouco a ver com o corpo. É o ambiente fantasmático o que sustenta a excitação. No limite, o corpo do outro é apenas um suporte de nossas projeções, uma base pra que a fantasia opere. Prova disso é que se um dos corpos for retirado, isso não impede a excitação, tampouco o gozo – por vezes, é até melhor assim.

Pra encerrar o conceito de “fantasia”…

Concluímos dizendo que é com ela – com a “fantasia”, que a Psicanálise opera. Lacan chega a dizer que o “valor da Psicanálise está em operar sobre a fantasia”; ela está no cerne da experiência analítica, uma vez que o núcleo do aparelho psíquico é constituído pela fantasia inconsciente (lembramos que a fantasia “inconsciente” é diferente do “devaneio” o tempo todo presente em nós, porém conscientemente). Muitas fantasias nossas são intoleráveis – e nesta medida, são recalcadas, dirigindo-se , digamos, para uma esfera inconsciente. Isso produz uma alienação constitutiva do sujeito: ele não se reconhece nos próprios desejos.

Retorno, por fim ao experimento de Brunelleschi, onde “a experiência é criada a partir de uma ilusão” para justificar minha proposição de que aquela experiência cujas coordenadas, recriadas por Brunelleschi, iriam constituir o fundamento prático da perspectiva, inaugurava não apenas a subjetividade do sujeito Moderno, mas de alguma forma anunciava antecipadamente a dimensão ilusória (fantasmática?) da noção mesma de realidade. Entendendo que a experiência é forjada por ilusões, ou seja, por coordenadas imagéticas, simbólicas, Brunelleschi pode emular discricionariamente aquelas que emulavam a experiência que ele desejava criar. Alguns séculos adiante, a psicanálise tornaria explícitas as condições subjetivas da “experiência” – e como ela está para além de uma realidade fenomênica – ou seja, como se expressa essencialmente no psiquismo humano.

Ouça abaixo o episódio do Podcast DESVER onde debatemos acerca desse assunto! O restante do conteúdo foi debatido em sala na quinta edição do Processos Poéticos. Mais informações sobre a próxima turma aqui no site!

[1] Na obra Os três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905), onde aparece também o conceito de pulsão.

Imagem da capa:
DLLCOPE, “[w0rLdbuild Task] : {c0mplete;}” (fotografia) www.dllcope.com

Esse texto aborda um dos conteúdos do curso Processos Poéticos, e é continuação programática do artigo anterior acerca do desver como recriação da experiência.

Deixe um comentário

Feature is an online magazine made by culture lovers. We offer weekly reflections, reviews, and news on art, literature, and music.

Please subscribe to our newsletter to let us know whenever we publish new content. We send no spam, and you can unsubscribe at any time.

Voltar

Sua mensagem foi enviada

Designed with WordPress.