O lugar da representação Uma questão que deve ser permanentemente pautada na reflexão artística contemporânea, com especial interesse à fotografia é, sem dúvida, a da representação. Quando parece estar equacionada, volta à tona na próxima Bienal ou no próximo salão do MEAM. Não basta conhecermos a desagregação do sistema de representação que teve lugar noContinuar lendo “FIGURA CONTEMPORÂNEA: A IMAGEM HOJE”
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OUTRAS RELAÇÕES ENTRE FOTOGRAFIA E ARTE (Parte II)
O esforço é grande, o homem é pequeno. Eu, Diogo cão, navegador deixei este padrão Aos pés do areal moreno, e para diante naveguei… FERNANDO PESSOA É fácil se apropriar de novos conhecimentos… Difícil é desapegar-se de velhos hábitos! Um hábito adquirido é um vício: uma repetição do caminho inicial que leva ao prazer eContinuar lendo “OUTRAS RELAÇÕES ENTRE FOTOGRAFIA E ARTE (Parte II)”
DESENHO COMO “SÍNTESE” E “DESINVENÇÃO”
De quem é o olhar Que espreita por meus olhos? Quando penso que vejo, Quem continua vendo Enquanto estou pensando? FERNANDO PESSOA “De quem é o olhar” | 1917 Certa vez, cruzando um parque, Einstein indagou a um transeunte que passava: “Com licença, cavalheiro, poderia me dizer se eu vim da direita ou da esquerda?” O homem,Continuar lendo “DESENHO COMO “SÍNTESE” E “DESINVENÇÃO””
OUTRAS RELAÇÕES ENTRE FOTOGRAFIA E ARTE
“O século XIX, como sabemos, é amplamente uma invenção de Balzac. (…) Estamos simplesmente continuando, com notas de rodapé e adições desnecessárias, o capricho, a fantasia ou a visão criativa de um grande romancista. (…) o que vemos, e como nós o vemos, depende das Artes que nos influenciaram”. OSCAR WILDE A Decadência da Mentira (1889) No séculoContinuar lendo “OUTRAS RELAÇÕES ENTRE FOTOGRAFIA E ARTE”
OS PARADOXOS DO DESENHO: NOTAS PARA UMA EPISTEMOLOGIA
O Desenho opera mediações entre inúmeros paradoxos, já desde o lugar do desenhista: um espaço entre duas experiências – a experiência que advém no momento de ver; e outra, aquela que se deseja provocar no olhar do expectador. O objetivo último do desenhista é processar (recriar plasticamente) a experiência visual que recebe, de modo a fazer conhecerContinuar lendo “OS PARADOXOS DO DESENHO: NOTAS PARA UMA EPISTEMOLOGIA”
QUAL O SENTIDO DO DESENHO DE RETRATO?
Parte do conteúdo teórico a ser ministrado no Workshop “Desenho de Retrato” (Porto Alegre| 14, 15 e 16 de Dezembro | 2016) Mais informações aqui! Ao desenho de Retrato se atribui de antemão uma dificuldade natural. A primeira tarefa do desenhista que se ocupa deste gênero é, portanto, desmistificar essa crença compreendendo precisamente em que consiste essa dificuldade. AsContinuar lendo “QUAL O SENTIDO DO DESENHO DE RETRATO?”
REFERÊNCIAS AO DESENHO DA FIGURA
O artista e crítico francês André Lhote diz que “a beleza do corpo está nas articulações”. Diz mais, ao afirmar que a supremacia dos artistas renascentistas em relação aos góticos do período anterior reside no conhecimento que aqueles possuíam de artrologia – ciência que estuda a forma com que os ossos se articulam uns aosContinuar lendo “REFERÊNCIAS AO DESENHO DA FIGURA”
DESENHO ANATÔMICO: O CORPO DESVENDADO
Sem saber não é possível enxergar. Até que eu indique ao aprendiz a “luz refletida” dentro da “sombra própria” de um objeto, ele não a percebe; até que conheça a existência da clavícula no retrato de perfil, o desenhista não a vê. É necessário saber, conhecer as formas para que a visão se habilite… DepoisContinuar lendo “DESENHO ANATÔMICO: O CORPO DESVENDADO”
DESENHO IN NATURA
“O Desenho não se encontra fora do traço, está dentro dele.” (Ingres) A única prática humana que não requer reflexão é a violência. O Desenho, considerado historicamente como elemento articulador das categorias artesanais, não pode ser reduzido à dimensão que comumente lhe atribuem: a esfera técnica. Reduzir o Desenho ao âmbito empírico – ou ainda,Continuar lendo “DESENHO IN NATURA”
O DESENHO COMO SÍNTESE
Parte do conteúdo a ser ministrado na Oficina “FIGURA CONTEMPORÂNEA: Desenho & Modelo vivo” (Curitiba | 12, 13 e 14 de Maio | 2016)
PEQUENO HISTÓRICO DA ANATOMIA ARTÍSTICA
Anatomia: do latim tardio, anatomia; do grego, anatomê/ês: incisão, dissecação de alto a baixo. Compósito de “ana”: de alto a baixo e “tomê”, corte, incisão. (Termo atribuído tradicionalmente a Teofrasto, um dos discípulos de Aristóteles, no século IV a.C.)
A DIFERENÇA ENTRE “COPIAR”, “COLAR” E “CRIAR”
O que possibilita participação ativa na esfera da arte é o saber das linguagens. O conhecimento dos códigos constitutivos das categorias artísticas permite uma apreciação qualificada; mas há sempre algo que escapa, mesmo ao melhor crítico, ainda ao diletante mais perspicaz: o interior da técnica. Claro, saber “ler” um desenho a carvão não é oContinuar lendo “A DIFERENÇA ENTRE “COPIAR”, “COLAR” E “CRIAR””
Figura Contemporânea | Retrato
Dentre as expressões artísticas, o Retrato é, sem dúvida, a mais icônica. Utilizado por metonímia como sinônimo de “representação”, já no período anterior à era imperial, os romanos cultivavam na retratística um impressionante realismo. Este fato constitui um curioso “anacronismo”, se supormos que o ferramental e a disposição subjetiva realistas tenham se dado apenas a partir das condições criadas no Renascimento, ou apenasContinuar lendo “Figura Contemporânea | Retrato”
FIGURA CONTEMPORÂNEA: A técnica do desenho e a ressignificação Hiper-realista (Parte II)
Segunda parte do conteúdo a ser ministrado na Oficina “FIGURA CONTEMPORÂNEA: Técnicas tradicionais e Hiper-realismo” (Florianópolis | 23, 24 e 25 de Fevereiro | 2016) Uma crença bastante comum é a de que o desenho seria fruto da introspecção do artista – uma suposta “imersão às profundezas de si mesmo”. Por conta de ilusões românticas assim, sãoContinuar lendo “FIGURA CONTEMPORÂNEA: A técnica do desenho e a ressignificação Hiper-realista (Parte II)”
FIGURA CONTEMPORÂNEA: A técnica do desenho e a ressignificação do Hiper-realismo
Primeira parte do conteúdo a ser ministrado na Oficina“FIGURA CONTEMPORÂNEA: Técnicas tradicionais e Hiper-realismo” (Florianópolis | 23, 24 e 25 de Fevereiro | 2016) A expressão é o que possibilita a existência – é sua plataforma constitutiva e fundacional. Logo que expresso, passo a existir, uma vez que minha existência é “informada”, posta na fôrma da linguagem, tornando-seContinuar lendo “FIGURA CONTEMPORÂNEA: A técnica do desenho e a ressignificação do Hiper-realismo”