OS PARADOXOS DO DESENHO: NOTAS PARA UMA EPISTEMOLOGIA

O Desenho opera mediações entre inúmeros paradoxos, já desde o lugar do desenhista: um espaço entre duas experiências – a experiência que advém no momento de ver; e outra, aquela que se deseja provocar no olhar do expectador. O objetivo último do desenhista é processar (recriar plasticamente) a experiência visual que recebe, de modo a fazer conhecerContinuar lendo “OS PARADOXOS DO DESENHO: NOTAS PARA UMA EPISTEMOLOGIA”

O PERMANENTE PARADOXO DO DESENHO

O desenho é, antes de tudo, experiência visual. Enquanto experiência necessita ser “simbolizado”, formulado em termos de linguagem. Embora seja ele o próprio ato e ação de simbolização, de formulação linguística (é através do desenho que simbolizo um trauma, por exemplo), o desenho é em si também uma percepção específica, com seu repertório particular deContinuar lendo “O PERMANENTE PARADOXO DO DESENHO”

[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 1 | “Desinvenção da visão” (Parte I)

Para cumprir a difícil disposição de se assumir artista, compete ao sujeito compreender a singularidade que distingue o gesto artístico – singularidade esta, que em geral se chama poética. E o meio mais eficiente de expressão desta singularidade é o conhecimento das referências, dos traços pendulares, dos campos semânticos e lexicais do trabalho – ouContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 5ª ED] ENCONTRO 1 | “Desinvenção da visão” (Parte I)”

O constante e o diverso na produção de MARIA TOMASELLI

A imensa, diversificada e, no melhor sentido da palavra, caótica produção de MARIA TOMASELLI reage ao enquadre curatorial contemporâneo que em geral privilegia uma narrativa, um discurso poético-conceitual específico, uma categoria de linguagem: é no caos que essa artista gaúcha se encontra; na variedade, tanto de forma quanto de categorias, seu trabalho produz unidade.

[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA (parte II) | DESINVENÇÃO DA VISÃO

Ao final do último artigo, falamos que somente o desejo do artista é capaz de o manter em atividade. Reforça essa noção o fato de que a arte é um trabalho sem finalidade, o qual não possui utilidade per si em um sistema de circulação de mercadorias. Num contexto de “realismo capitalista[1]”, todas as atividadesContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 4ª ED] PRIMEIRA AULA (parte II) | DESINVENÇÃO DA VISÃO”

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 2)

Expliquei para alguém o sentido que via na militância política, e ouvi: “esse mundo mudou, hoje não se trata mais de fazer pelos outros, representar a voz dos outros… Hoje é ensinar a fazer”. Aceitei a crítica e, com o tempo incluí um adendo: “ensinar a fazer e compartilhar processos”. Aquela observação me ensinou umaContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 2)”

[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 1)

Toda expressão artística é, antes de tudo, expressão de um erro. Tenho uma ideia ou conceito que me parecem perfeitos; basta lançar mão de um lápis: pronto, o traço já não está à altura da ideia, o desenho não expressa devidamente o conceito. Por mais que tente aprimorá-lo, a dimensão platônica implícita em toda açãoContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 3ª ED] PRIMEIRA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO (PARTE 1)”

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] QUINTA AULA | A PSICANÁLISE E OS SENTIDOS DA IMAGEM

Falamos da experiência visual que arquitetou a própria inscrição do artista como testemunha da História enunciando, assim o lugar do artista. A esta altura, já distinguimos com maior clareza o que são vivências cotidianas (pelas quais passamos a todo momento no viver), e tal experiência visual – que é a “vivência elaborada”. Anteriormente, também defendemosContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] QUINTA AULA | A PSICANÁLISE E OS SENTIDOS DA IMAGEM”

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] SEGUNDA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO

O tema deste encontro do Processos Poéticos já está em parte no texto da edição anterior do curso, abordando algumas das relações entre olhar e a visão que sustentam a intervenção do artista (seu processo criativo). Este assunto servirá como introdução ao método de “desver”, que no Programa denominamos sob o título A desinvenção daContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS 2ª EDIÇÃO] SEGUNDA AULA | DESINVENÇÃO DA VISÃO”

[PROCESSOS POÉTICOS 2ª edição] QUARTA AULA | Poéticas da Figuração Contemporânea

O terceiro encontro do Processos Poéticos foi dedicado à apresentação das propostas de trabalho pelos integrantes dessa edição do curso, que a partir de agora receberão orientação individual durante a execução, até o último encontro (quando os trabalhos serão apresentados coletivamente à turma). Neste quarto encontro estudaremos o cenário contemporâneo da figuração artística.  

[PROCESSOS POÉTICOS] QUINTA AULA | O ato poético

Falamos de um Je e de um moi; agora é a vez das noções de Eu ideal e Ideal de Eu. Ambas figuras desenvolvidas por Freud, e fundamentais ao ato poético no tocante ao sujeito que o experiencia e à dimensão conceitual (o quê fazer), são essas posições do sujeito instituídas em função da imagem.Continuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS] QUINTA AULA | O ato poético”

Veja o post para assinar a newsletter do site.

[PROCESSOS POÉTICOS] SEGUNDA AULA | Desinvenção da visão: Desenho como Experiência visual (Parte 02)

PARTE II Continuação do texto “[PROCESSOS POÉTICOS] PRIMEIRA AULA | Desinvenção da visão: POÉTICAS (Parte 01)“. Material complementar integrante do conteúdo do curso Processos Poéticos Antes de seguir com outro importante viés do pensamento de Paul Valéry – o qual versa justamente sobre a destinação da obra, ou seja, o público (definido por ele comoContinuar lendo “[PROCESSOS POÉTICOS] SEGUNDA AULA | Desinvenção da visão: Desenho como Experiência visual (Parte 02)”

Desenho e produção de afetos: como desativar o fascismo

A representação na arte mobiliza a experiência – esta contundente estratégia que estrutura e é, ao mesmo tempo, estruturada pelo ato poético.

HIPER-REALISMO E GÊNERO: TRÊS ARTISTAS BRASILEIROS

Poucos anos atrás comecei um texto sobre a obra do gaúcho Patrick Rigon com uma pergunta que a professora Marilice Corona lhe fez: Quem foi seu mestre? E ele respondeu: “O Youtube”. Isso ainda dá conta de explicar parte da natureza da Figuração Contemporânea, ocupada com a imagem onde quer que ela venha operar seuContinuar lendo “HIPER-REALISMO E GÊNERO: TRÊS ARTISTAS BRASILEIROS”